Mensagem de LIBERTAÇÃO
O estudo abaixo foi redigido pelo Bispo Hélio Teixeira, de Campinas – SP, que muito gentilmente o cedeu para que pudéssemos compartilhá-lo.
Texto base: Jo. 8 : 32-36
“E, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
“Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?”
“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado”.
“O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre”.
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Introdução: O texto acima, está dentro do contexto do capítulo 8: 21-59, o qual registra um diálogo entre Jesus e os judeus. Eles (os judeus) diziam que faziam parte da árvore genealógica étnica de Abraão e não eram escravos. Por isso, não aceitavam as afirmações que Jesus fizera.
Jesus argumenta que, não é a árvore genealógica étnica ou familiar que torna uma pessoa liberta perante Deus. A escravidão que Jesus fala é que“… todo o que comete pecado é escravo do pecado”. A proposta de Jesus é que aceitem o Filho de Deus para serem livres.
1º – Histórias de escravidão:
Definição de escravidão: Pessoa que não tem liberdade por estar dominada por outra pessoa.
Exemplos:
a) O libertador das duas jornalistas americanas (Euna Lee, de 36 anos, e Ling, de 32), presas na Coréia do Norte, em março de 2009 e libertas em 5 de agosto do mesmo ano. Foi o ex-presidente Bill Clinton que conseguiu o perdão para as mesmas. (A condenação era 12 anos de trabalhos forçados.)
b) No Brasil, a escravidão havia sido introduzida, desde o começo de nossa colonização, com três tipos de escravos: Escravos de engenho; Escravos na mineração; Escravos urbanos. Com a Lei Áurea assianda em 13 de maio de 1888, mais de três milhões de escravos passaram a ser livres. (A Princesa Isabel, recebeu o título de “Redentora dos escravos”.)
c) Os Judeus ficaram em torno de 430 anos de amarga escravidão. Com a saída do Egito, eles passaram a ser livres.
*O livro do Êxodo (12:1- 51) é talvez o mais solene e importante para os Judeus. Ele registra a instituição da Páscoa em comemoração à libertação da escravidão.
O começo da Escravidão
a) Nos capítulos um e dois do livro de Gênesis, encontramos oito atos da criação de Deus. Para a criação do homem, encontramos no cap. 1: 26-28 Deus informando a todo o exército dos céus o valor peculiar do ser humano. Ou seja, imagem e semelhança da Trindade divina e todo o “domínio” sobre toda criatura de Deus que habitava a face da terra.
b) O cap.3:1-24 traz o relato da origem e conseqüência da escravidão do homem. Pela desobediência aos termos do seu governo, o homem “cai”, experimentando, assim, a perda do seu domínio (vs.22-23). Além da tragédia da queda do ser humano, dois outros fatos se desdobraram.
1º. Pela sua desobediência a Deus e submissão às sugestões da serpente, o governo do ser humano foi perdido para a serpente (Ap.12: 9), que é Satanás.
2º. Em meio à tragédia desta seqüência de eventos, Deus começa a mover-se de forma Redentora para a Libertação do ser humano (v15), que tem o seu início com o primeiro sacrifício (v 21).
O apostolo Paulo afirma em Romanos 3: 23 que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”.
“Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem” (Gl 3:22).
Logo todo homem tornou-se escravo do pecado.
Cristo Crucificado; Fim da escravidão: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is. 53:5, e leia Is. 53:1-12).
Todo o texto de Isaías 53 se refere à obra expiatória de Jesus na cruz.
Podemos afirmar que Deus ao enviar seu Filho para sofrer e morrer providenciou o Livramento para o homem.
• A morte e ressurreição de Cristo é o nosso “Êxodo da escravidão” do pecado. “Havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, tirou-o do meio de nós, cravando-o na cruz” (Cl. 2: 14 – Thompson ).
2º Conhecendo a verdade. “E, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
A) O versículo em estudo trata de um dos debates mais acirrados entre os filósofos sobre o conceito da “verdade”. No início da era cristã, eles discutiam se ela (a verdade) era real e absoluta, ou relativa e ilusória.
Por isso é que durante o interrogatório para ser condenado Jesus afirmou que veio para testemunhar da verdade. E Pilatos o questiona, perguntando:”Que é a verdade?” (Jo.18: 38).
Para muitos filósofos, a verdade está dentro de cada um de nós. Outros fazem a mesma pergunta que Pilatos fez.
Quando Jesus falou sobre a verdade, ele não estava falando sobre um devaneio (capricho da imaginação) resultante de um intenso pensamento, meditação, ou um debate. Ele não definiu a verdade como uma coisa qualquer em que as pessoas escolheriam acreditar. Jesus definiu a verdade como um fato Revelado e Eterno. Disse Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo. 14: 6). Em outra passagem, ele disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo. 17:17).
B) A palavra de Deus é verdadeira independentemente do fato de eu concordar ou contestar, obedecer ou rejeitar. Paulo disse: “… a espada do Espírito, que é a palavra de Deus…” (Ef. 6: 17).
O escritor aos Hebreus 4: 12, disse que “… a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
O próprio Jesus disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas que testificam de mim” (Jo. 5: 39).
3º Libertação: Ato ou efeito de libertar-(se); liberação.
Enquanto os três Evangelhos (Mt; Mc; Lc.) cuidaram de anotar muitos prodígios de Jesus Cristo, João se dedicou mais com o magistério transcendental do Mestre. Ao registrar a magnífica Promessa, por tantas vezes, demonstra a preocupação do Senhor Jesus em nos legar absoluta segurança de sua veracidade. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo. .8: 36).
Todo o capítulo nove de Atos trata da conversão de Paulo; por isso, ele escreveu: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gl. 5:1). O apóstolo passou pela a Libertação.
Somos Libertos:
a) do poder de Satanás: “Para isto o Filho de Deus Se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1Jo. 3:8).
b) da ira Divina: “sendo justificados pelo Seu Sangue (de Jesus Cristo), seremos por Ele salvos da ira” (Rm. 5: 9; l Ts. 5: 9).
c) da Condenação Eterna: “Na verdade, na verdade, vos digo que quem ouve a minha Palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a Vida Eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (Jo. 5: 24)
d) da Morte Eterna: “Disse Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá eternamente” (Jo.11: 25, 26).
Conclusão.
À luz das Escrituras, posso afirmar que em Jesus Cristo somos libertos de toda a condenação: “Agora,pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da Morte”(Rm .8: 1,2).
Obs: Estou consciente de que a dissertativa acima não esgota o tema. Há muitos textos bíblicos a serem estudados, e também há a liberdade da multiforme sabedoria de Deus em falar com todos (Ef. 3: 10 ).
Só não posso aceitar um estudo que fica no mínimo forçado em relação à hermenêutica e exegese bíblicas. Neste quesito, concordo com o escritor Paulo Romeiro, que diz: “Não dizer com firmeza o que a Bíblia não diz com clareza”.
Hélio Teixeira
“E, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
“Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?”
“Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado”.
“O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre”.
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.
Introdução: O texto acima, está dentro do contexto do capítulo 8: 21-59, o qual registra um diálogo entre Jesus e os judeus. Eles (os judeus) diziam que faziam parte da árvore genealógica étnica de Abraão e não eram escravos. Por isso, não aceitavam as afirmações que Jesus fizera.
Jesus argumenta que, não é a árvore genealógica étnica ou familiar que torna uma pessoa liberta perante Deus. A escravidão que Jesus fala é que“… todo o que comete pecado é escravo do pecado”. A proposta de Jesus é que aceitem o Filho de Deus para serem livres.
1º – Histórias de escravidão:
Definição de escravidão: Pessoa que não tem liberdade por estar dominada por outra pessoa.
Exemplos:
a) O libertador das duas jornalistas americanas (Euna Lee, de 36 anos, e Ling, de 32), presas na Coréia do Norte, em março de 2009 e libertas em 5 de agosto do mesmo ano. Foi o ex-presidente Bill Clinton que conseguiu o perdão para as mesmas. (A condenação era 12 anos de trabalhos forçados.)
b) No Brasil, a escravidão havia sido introduzida, desde o começo de nossa colonização, com três tipos de escravos: Escravos de engenho; Escravos na mineração; Escravos urbanos. Com a Lei Áurea assianda em 13 de maio de 1888, mais de três milhões de escravos passaram a ser livres. (A Princesa Isabel, recebeu o título de “Redentora dos escravos”.)
c) Os Judeus ficaram em torno de 430 anos de amarga escravidão. Com a saída do Egito, eles passaram a ser livres.
*O livro do Êxodo (12:1- 51) é talvez o mais solene e importante para os Judeus. Ele registra a instituição da Páscoa em comemoração à libertação da escravidão.
O começo da Escravidão
a) Nos capítulos um e dois do livro de Gênesis, encontramos oito atos da criação de Deus. Para a criação do homem, encontramos no cap. 1: 26-28 Deus informando a todo o exército dos céus o valor peculiar do ser humano. Ou seja, imagem e semelhança da Trindade divina e todo o “domínio” sobre toda criatura de Deus que habitava a face da terra.
b) O cap.3:1-24 traz o relato da origem e conseqüência da escravidão do homem. Pela desobediência aos termos do seu governo, o homem “cai”, experimentando, assim, a perda do seu domínio (vs.22-23). Além da tragédia da queda do ser humano, dois outros fatos se desdobraram.
1º. Pela sua desobediência a Deus e submissão às sugestões da serpente, o governo do ser humano foi perdido para a serpente (Ap.12: 9), que é Satanás.
2º. Em meio à tragédia desta seqüência de eventos, Deus começa a mover-se de forma Redentora para a Libertação do ser humano (v15), que tem o seu início com o primeiro sacrifício (v 21).
O apostolo Paulo afirma em Romanos 3: 23 que “todos pecaram e carecem da glória de Deus”.
“Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem” (Gl 3:22).
Logo todo homem tornou-se escravo do pecado.
Cristo Crucificado; Fim da escravidão: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is. 53:5, e leia Is. 53:1-12).
Todo o texto de Isaías 53 se refere à obra expiatória de Jesus na cruz.
Podemos afirmar que Deus ao enviar seu Filho para sofrer e morrer providenciou o Livramento para o homem.
• A morte e ressurreição de Cristo é o nosso “Êxodo da escravidão” do pecado. “Havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, tirou-o do meio de nós, cravando-o na cruz” (Cl. 2: 14 – Thompson ).
2º Conhecendo a verdade. “E, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
A) O versículo em estudo trata de um dos debates mais acirrados entre os filósofos sobre o conceito da “verdade”. No início da era cristã, eles discutiam se ela (a verdade) era real e absoluta, ou relativa e ilusória.
Por isso é que durante o interrogatório para ser condenado Jesus afirmou que veio para testemunhar da verdade. E Pilatos o questiona, perguntando:”Que é a verdade?” (Jo.18: 38).
Para muitos filósofos, a verdade está dentro de cada um de nós. Outros fazem a mesma pergunta que Pilatos fez.
Quando Jesus falou sobre a verdade, ele não estava falando sobre um devaneio (capricho da imaginação) resultante de um intenso pensamento, meditação, ou um debate. Ele não definiu a verdade como uma coisa qualquer em que as pessoas escolheriam acreditar. Jesus definiu a verdade como um fato Revelado e Eterno. Disse Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida” (Jo. 14: 6). Em outra passagem, ele disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo. 17:17).
B) A palavra de Deus é verdadeira independentemente do fato de eu concordar ou contestar, obedecer ou rejeitar. Paulo disse: “… a espada do Espírito, que é a palavra de Deus…” (Ef. 6: 17).
O escritor aos Hebreus 4: 12, disse que “… a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração”.
O próprio Jesus disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas que testificam de mim” (Jo. 5: 39).
3º Libertação: Ato ou efeito de libertar-(se); liberação.
Enquanto os três Evangelhos (Mt; Mc; Lc.) cuidaram de anotar muitos prodígios de Jesus Cristo, João se dedicou mais com o magistério transcendental do Mestre. Ao registrar a magnífica Promessa, por tantas vezes, demonstra a preocupação do Senhor Jesus em nos legar absoluta segurança de sua veracidade. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo. .8: 36).
Todo o capítulo nove de Atos trata da conversão de Paulo; por isso, ele escreveu: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gl. 5:1). O apóstolo passou pela a Libertação.
Somos Libertos:
a) do poder de Satanás: “Para isto o Filho de Deus Se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1Jo. 3:8).
b) da ira Divina: “sendo justificados pelo Seu Sangue (de Jesus Cristo), seremos por Ele salvos da ira” (Rm. 5: 9; l Ts. 5: 9).
c) da Condenação Eterna: “Na verdade, na verdade, vos digo que quem ouve a minha Palavra, e crê naquele que Me enviou, tem a Vida Eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (Jo. 5: 24)
d) da Morte Eterna: “Disse Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá eternamente” (Jo.11: 25, 26).
Conclusão.
À luz das Escrituras, posso afirmar que em Jesus Cristo somos libertos de toda a condenação: “Agora,pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da Morte”(Rm .8: 1,2).
Obs: Estou consciente de que a dissertativa acima não esgota o tema. Há muitos textos bíblicos a serem estudados, e também há a liberdade da multiforme sabedoria de Deus em falar com todos (Ef. 3: 10 ).
Só não posso aceitar um estudo que fica no mínimo forçado em relação à hermenêutica e exegese bíblicas. Neste quesito, concordo com o escritor Paulo Romeiro, que diz: “Não dizer com firmeza o que a Bíblia não diz com clareza”.
Hélio Teixeira